quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Em Vitória ES

Os quatro dias que passei em Porto-Alegre foram de muita atividade e por isso nada postei. Os parentes me receberam com muito carinho e ficamos relembrando os velhos tempos e matando as saudades. Eu havia programado retornar à minha jornada no dia 10, segunda-feira. Mas foi impossível,  porque só cheguei ao hotel para descansar às 04:20h. da madrugada desse dia.  Almocei na companhia de um primo, demos umas voltas pela cidade visitando inclusive a loja HD.  Um pouco mais tarde estivemos em uma sorveteria famosa por lá, onde degustamos uma excelente torta de sorvete. A seguir fui para o hotel e depois de uma bela ducha fui dormir. Isso por volta de 18:30h.
Dia 11 deixei o hotel precisamente às 7h. pois tudo estava préviamente arrumado para que eu conseguisse fazer isso. Como conhecia o caminho de saída da cidade foi fácil chegar até a BR-116. Me deliciei com a serra gaúcha com seu belo panorama e com a estrada de curvas para todos os gostos. O dia estava nublado mas não choveu. Esporádicamente alguns pingos, muito poucos, que não foram suficientes para molhar. Mas a temperatura do ar era baixa e por isso coloquei um agasalho mais adequado. Mais alguns quilômetros e tive a impressão de que ia chover. Estacionei e vesti a parte superior do Pantaneiro. Toquei em frente ví então que não era chuva e sim cerrada neblina. Mas dava para rodar com segurança e fui ganhando terreno. Seguí sempre pela 116 até Curitiba. Quando cheguei ao entroncamento Curitiba/São Paulo me pareceu, não sei se por conveniência, que a estrada que levava a Curitiba estava meio congestionada. Era cedo, 16:40h. e  a temperatura agradável e isso fez com que eu escolhesse tomar o caminho de São Paulo. Logo a seguir, parei em uma estação de serviços, como dizem por lá, fiz um pequeno lanche, bebí o habitual gatorade e seguí pela Regis Bitencourt abastecido e muito satisfeito por vê-la duplicada,  bem demarcada e sinalizada.
Dalí até S. Paulo seriam somente mais 405km. E lá fui eu...Só que não tinha conhecimento de que os 130km. restantes para o término da obra, justamente na parte final, ou seja, na chegada a São Paulo ainda se encontravam em obras. Levei mais de três horas sofrendo no para e anda a baixa velocidade, quase parado. Quem tem HD grande sabe bem da dificuldade do deslocamento a baixíssima velocidade. E ainda por cima com uma carga que beirava,  mais ou menos 40kg. Era primeira marcha e controle da embreagem. Cheguei a pensar que se isso continuasse ocorrendo por muito tempo a embreagem apresentaria algum defeito. Mas que nada amigos. Estamos falando de HD. E depois de tudo que exigí dela nesse passeio fiquei ainda mais apaixonado. Mas voltando ao assunto principal, conseguí chegar em S. Paulo pouco mais de 1h. do dia 12. O Jajá havia me alertado pelo celular, em uma parada que havia feito durante o para e anda, para tirar a água do joelho e tomar mais um ..., vou parar de fazer propaganda porque não ganhei o patrocínio sugerido pelo Mario, que S. Paulo estava sob muita chuva, mas eu disse a ele que iria arriscar. Caso o tempo piorasse eu pararia. Não ví nada de extraordinário onde passei por lá. Perdí a entrada para o famoso Rodoanel e também para a marginal Pinheiros e como só sei sair de lá a partir do centro da cidade fiz um turismo forçado. Tudo fechado, ninguém nas ruas até que em um semáforo havia um taxi parado esperando o sinal mudar. Eu parei a uma distância de mais ou menos 1,5m. dele e fiz menção de falar com ele para perguntar se estava no caminho correto. O cara saiu cantando pneu mesmo com o sinal fechado. Com certeza pensou que eu fosse tentar assaltá-lo. Como estava no caminho correto logo alcancei a Dutra. A estrada é fora de série. É ótima. E tão bem demarcada, tanto no leito como na divisória das pistas, que são reflexivas, que chego a ficar em dúvida se não é melhor andar por ela de noite. Quando me encontrava na altura de Roseira resolví tomar um .... Agora vocês se enganaram. Resolví tomar um café. Ví um restaurante chamado Frango Assado e me dirigí para  lá. Diminuí bem a velocidade e virei para a entrada. Acontece que entre o meio-fio dos canteiros e o piso do caminho existe um rebaixamento para o escoamento das águas pluviais, de largura considerável, e eu não o notei. Resultado, a roda dianteira entrou nele e desequilibrou a moto puxando-a para a direita. Apesar do meu esforço não conseguí trazê-la de volta ao equilíbrio porque antes que conseguisse o chassis bateu no meio-fio de daí para a frente foi sendo arrancado o burrinho do freio, o pedal do freio, a plataforma do lado direito e amassada a descarga inferior. Como todo impulso foi para a direita eu tive a sorte de ser jogado sobre o canteiro. Rolei sobre a grama e em um instante já estava querendo avaliar os prejuízos. Não dava quase para ver nada mas reparei que o conjunto burrinho, pedal e plataforma tinham sido arrancados e estavam ligados a moto pelo cabo do freio. Liguei para o seguro, relatei o acontecido e eles ficaram de ligar de volta alguns minutos mais tarde. Logo a seguir chegou um dos carros de auxilio da Dutra e o mecânico me fez o favor de, com uma picareta, é isso mesmo, com uma picareta, seccionar o cabo do freio. Eu agradecí e pedí que ele me ajudasse a levantar a moto porque eu achava que ela funcionaria sem maior problema. Tudo bem, o motor pegou e então eu a levei até o estacionamento do restaurante onde ficaria mais protegido, usando, quando necessário, o freio dianteiro. Isso aconteceu às 3h.. Alguns minutos depois a serguradora ligou e me avisou que já estava tudo resolvido e o reboque chegaria no máximo até 4:50h.
Tomei o café, comí um sanduíche e fiquei aguardando. Tranquilo, pensando nos amigos em Vitória e das gozações que poderia fazer com eles por causa desse deslocamento, se não houvesse ocorrido o pequeno acidente.
O socorro chegou um pouco atrasado, às 5:15h., mas o importante é que chegou. Colocamos a moto em cima do caminhão, com os pedaços presos nas cintas que uso para amarrar a carga e partimos para Vitória.
Na altura de Resende RJ, caiu uma chuva forte, mas por pouco tempo. O meu celular já estava com um mínimo de carga e eu preocupado porque não conseguia contato com o Roni, para avisá-lo do ocorrido.
Tive tanta sorte que o Gabriel, sem de nada saber, ligou para mim para saber por onde eu andava e como iam as coisas. Rapidamente, por causa da bateria do celular, expliquei a ele o ocorrido e pedí que ele fizesse a gentileza de se comunicar com o Roni alertando-o. Logo depois recebo uma mensagem de texto do Jajá, preocupado por causa das más notícias sobre as chuvas. Depois Ligou o Roni para saber detalhes e a primeira pergunta foi se seu havia me machucado. Eu respondí que não e que pelos meus cálculos chegaria em sua oficina lá pelas 17:30h. ou 18h. No caminho paramos por causa de obras na estrada por duas vezes. Paramos mais uma vez, por mais de meia hora, porque havia tombado um ônibus alí por perto do rio Beneventes. Mas apesar dos obstáculos chegamos às 17:50h. E com muita alegria fui recebido pelos amigos que lá se encontravam. Depois dos abraços e de a moto ter sido descarregada, pelo adiantado da hora nos separamos, cada um para os seus compromissos.
À noite, depois das devidas explicações em casa. Depois de duas saborosas geladas e de um banho reconfortador fui deitar porque estava realmente cansado. Fiquei acordado desde as seis horas do dia 11 e já eram quase 22 do dia 12.
Mas ainda tive tempo para chegar a seguinte conclusão:

Depois de um passeio de mais de 12.000km., me sentindo extremamente feliz, poderia haver maneira mais gloriosa de encerrá-lo do que na oficina do Roni,  recebido por ele e demais amigos que compartilham da mesma paixão?

Até mais.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Em Porto Alegre RS

Saí de Pelotas por volta das 10h.. Para evitar qualquer mal entendido, informo que só bebi água mineral.
O dia esteve bonito e o deslocamento até Porto-Alegre deu-se de forma tranquila e com controle de velocidade para não chegar antes do horário de check-in no hotel.
Aquí pretendo rever parentes queridos e possivelmente na segunda-feira, dia 10, estarei reiniciando o meu trajeto, que ainda não decidi qual será. As opções são muitas mas, como sempre, só decido na hora de partir.
Quando disse que havia me hospedado em um hotel digno de filme de terror, em Montevideo, não estava exagerando. A etapa final, quando do pagamento das despesas, o gerente do dito cujo hotel, um senhor de avançada idade, saca um exemplar daqueles antigos, de pressão sôbre o cartão, para imprimir no formulário de papel os dados necessários. Em seguida ligou para a administradora de cartões para confirmação das informações. Creio que alguns de vocês, mais moços, nem devem se lembrar desse tipo de procedimento. Esse registro que aquí faço é de grande importância histórica e por isso guardei também a via do formulário como comprovante. Afinal estamos em 2011.
Espero que todos por aí estejam bem. E aproveitando os sábados para curtir as estradas espiritosantenses.
Por aquí tudo certo, tudo bem.
Abraços.
Até mais.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Em Pelotas RS BR

Saí de Montevideo lá pelas oito da manhã. Dormí em uma espelunca digna de filme de terror. A cidade está cheia de turistas e os hotéis lotados. Cheguei até Santa Vitória do Palmar, entrei, fotografei e saí. É uma pequena vila de interior. Seguí viagem e rodei mais 260km. até Pelotas. Como o calor estava grande na estrada, resolví pernoitar por aquí, pois dizem que é fresco.
Viagem ótima, dia lindo. Nada a acrescentar.
Meu querido amigo Mario. É claro que você conseguiu ajudar. Agora eu posso saber o quanto rodei hoje, pois só controlando o nível do reserva nunca sei a distância percorrida. E como só consulto o odômetro raramente para cuidar das trocas de óleo do motor, me baseio sempre pelo google. 
Abraços a todos.
Até mais.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Em Montevideo UR

Ontem, em Buenos Aires, encerrei o dia com um belo churrasco na companhia de três novos amigos que me cobriram de gentilezas.      Estivemos em Puerto Madero até tarde, em um papo muito agradável, no qual prevaleceram as impressões sobre as HDs. Entre tantas gentilezas recebí o convite para participar do encontro que haverá no final de janeiro, para o qual já têm   mais de 300 inscrições, inclusive com harlistas europeus.
Hoje, muito embora tenha chegado ao hotel após a 1h,, levantei cedo e partí. Conseguí passagem no Buquebus das 9:30h. e após todas aquelas chateações das aduanas, embarquei. São duas horas e meia de travessia para chegar até a Colônia del Sacramento. Após o desembarque, a fiscalização. Primeiro deixei que todos os carros saissem para desembarcar tranquilamente, sem afobação. Quando cheguei ao local da fiscalização havia muitos carros sendo minuciosamente examinados. Ví algumas pick-ups terem a carga completamente remexida, para desespero de seus proprietários. Eu já estava me preparando para passar mais uma vez pela experiência desagradável que tive ao entrar no Chile. Mas quando chegou a minha vez, o mesmo fiscal que havia remexido na carga da pick-up, olhou para mim e perguntou se eu era brasileiro. Após a confirmação liberou-me sem maiores exigências.
Fiz câmbio para trocar os pesos argentinos que ainda estavam em meu poder e a seguir,  pé na estrada. Mais retas. Vim direto para Montevideu e mais uma vez quase fico na rua. Todos os hotéis lotados, a começar pelo Ibís que sempre é o da minha preferência. Depois de rodar algum tempo conseguí encontrar abrigo em um 5 estrelas. Cinco estrelas abaixo de zero. Mas fazer o que? Depois de um bom banho para refrescar vim para a recepção porque no apto. a sinal não permite conexão com a internet, ficando somente com conexão local. Me esquecí de dizer que chegamos a Colônia com tempo bom, embora tenhamos saído de B.A. com chuva. Mas depois de alguns quilômetros choveu novamente e a proteção Pantaneira cumpriu perfeitamente o seu papel. Aquí no Uruguai motos também não pagam pedágio. Pelo menos hoje, em dois que passei foi assim. Eu ainda não sabia disso e quando me aproximei do primeiro, para não causar tumulto na hora de pagar, estacionei um pouco antes para poder baixar as calças da proteção de chuvas e chegar até o dinheiro no bolso da outra calça. Quero ver se consigo dormir cedo para amanhã poder partir também cedo.
Ronaldo, eu me lembro dessa casa de tangos. Era muito famosa, mas não ouví falar dela. Existem outras, mas a melhor é, pelo que dizem, o Café Tortoni. Eu preferí não ir a outra e participar do churrasco com os novos amigos. Para assistir a algum show de tango em outro lugar, teria que ficar mais um dia e eu já estava a quatro. Foi mais do que suficiente. Fiz muitas coisas prazeirosas.
Mariozinho, querido do coração! Essa tua sugestão é muito interessante, mas acontece que com o tempo que perdí garimpando hotel, o comércio já havia cerrado as portas.
Se for possível cobrir a distância até Santa Vitória do Palmar, que pelos meu empíricos cálculos deve ficar em torno dos 500km., devo dormir por lá amanhã. Vamos ver se vai dar.
Sem mais ocorrências de importância.
Até mais.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Em Buenos Aires 4.

Pois é, como havia dito, ontem foi o meu dia de Mané. O primeiro mané saiu quando fiquei convencido de que a HD não abriria. Manépossivel. O segundo mané, quando a Tim resolveu suspender o roaming do meu celular. Manépossivel. E assim foi.
Hoje, tudo mudou. Às 8:30h. já estava às portas da HD em San Isidro. Foram chegando outros harlistas e fiquei sabendo que só abrem as 10h. Mas valeu, porque enquanto papeávamos fiz novas amizades.
Quando abriram a loja fui apresentado ao gerente por um dos companheiros, cliente antigo. Não sabia e nem solicitei tratamento especial, mas eles fizeram um check-up geral na moto além de trocar o óleo do motor, o filtro de óleo e verificar as pastilhas de freio. As pastilhas do freio trazeiro ainda tem 50% de aproveitamento e as dianteiras  mais do que isso. Há uma promoção até o dia 15 deste mês, para isso. Apesar da péssima aparência causada pela sujeira, me disseram que a moto está em excelente estado mecânico. Lógicamente os louros são para o nosso amigo Roni. A única falha, que acho que esquecí de comentar, é a buzina, que desde o temporal que peguei no caminho, ficou rouca e sem potência. Mas como  não sou muito chegado a buzinadas, não me importo. Quando chegar por aí, vou importar uma daquelas de ar comprimido. Eu levei bastante tempo, depois do temporal, para notar o defeito na buzina. Me ensinaram hoje que quando acontecer da buzina molhar, a solução é ficar buzinando bastante para que as membranas sequem e voltem ao normal. Senão, elas ficam oxidadas e ocorre o problema.
Continuo sem celular. Isso é, no mínimo, uma falta de respeito. Estou há 33 dias viajando e não é possível que não haja conhecimento do deslocamento constante por parte deles. Desde ontem a minha filha e a minha afilhada estão em contato, eles dizem que o problema está sendo sanado. A mim, ontem, deram um prazo de quatro horas. Mas até agora nada. Quando voltar vou escrever a respeito aos órgãos Incompetentes e fazer o maior barulho possível. Um dos companheiros que conhecí hoje disse que ocorreu o mesmo com ele quando estava viajando pelos USA.
Buenos Aires é uma cidade muito bela. Cheia de áreas verdes. Parques magníficos. E muito fácil de se aprender a deslocar sem erros. Os bairros residenciais, afastados do centro, são muito bem cuidados e me chamaram a atenção as árvores centenárias. Pelas fotos que fiz ontem enquanto esperava a não abertura da HD, poderão observar esse detalhe.
Hoje irei a Puerto Madeiro para jantar, como despedida de B.A. Amanhã pretendo atravessar para a Colônia Del Sacramento, já em território uruguaio. A propósito, um comentário: não encontrei em lugar nenhum na internet informações sobre distâncias em território uruguaio. Os mapas do google que sempre usei e são de grande exatidão só apresentam a informação que não tem cálculos de distâncias. Assim, pela primeira vez desde que saí de Vitória, vou iniciar o dia sem a mínima noção das opções possíveis.
Agora já posso dizer novmente: tudo certo, tudo em ordem.
Até mais.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Em Buenos Aires 3.

Pois é, hoje foi o meu dia de Mané!
Levantei cedo e já às 6:30 tomava o desayuno. Por volta de 7h. saí em direção a San Isidro, para chegar bem cedo, mesmo que o trânsito estivesse complicado. Mas como já havia dito, B.A. é uma cidade fácil de se andar. Às 7;30h. já estava estacionado em frente da HD, conformado em ter que esperar a abertura da loja, que em meu entender e experiência com as do Rio e SP, se daria às 9h.. Nove horas e nada. Aí, surjiu não sei de onde, uma boa alma, que na forma de um senhor idoso me informou que em martes a loja costuma abrir somente após 12h.  Logo após, um rapaz de uma outra loja de artigos para motos aproximou-se e compadecido, provavelmente da minha aparência, que a esta altura já devia estar de um perfeito otário, afirmou que a HD em B.A. não abre às segundas, mas se eu quisesse poderia tentar uma outra loja. Como perdido, perdido e meio, depois de receber as coordenadas da outra loja me toquei para lá. Em lá chegando, encontrei-a também de portas cerradas. Em um restaurante ao lado indaguei e a informação foi a mesma. Às segundas a HD não abre. Fazer o que? O que não tem jeito remediado está. Espero que amanhã as coisas possam ser melhores.
Estão pensando que acabou por aí? Não acabou não! Enquanto eu aguardava a abertura, lá na primeira loja, recebí uma mensagem da Tim, informando que o roaming para o meu celular seria cancelado por excesso de uso e recomendando que eu ligasse para um determinado número para tratar do assunto. Só que daquí onde estou o tal número não é aceito e uma gravação diz que é impossível completar a ligação. Ainda tive tempo de ligar para minha filha e pedir socorro. Um pouco mais tarde tentei ligar para casa, dos famosos parlatórios, como aquí são conhecidas várias lojas que além de outras atividades têm cabines telefônicas. Não conseguia ligação com a sistemática normalmente utilizada, ou seja, o número do país, no caso 55, do DDD, no caso 27 e o número do telefone de casa. Antes de completar a digitação dos números entrava uma gravação dizendo que eu deveria acrescentar o número 15 antes do código de área. Eu acrescentei o 15 antes, depois, no meio e nada. Sempre entrava a gravação repetindo o mesmo. Já não tinha conseguido o contato com a HD e agora estava sem comunicação. Comecei a ficar meio aborrecido. Voltando ao hotel, comuniquei-me com a minha afilhada, por e-mail, que começou a procurar a solução por lá. Entrou em contato com a Tim que forneceu o número que eu deveria ligar para que o problema fosse resolvido com rapidez. Mas como? Eu não estava conseguindo ligar nem para casa, dos quiosques telefônicos. A essa altura do jogo achei melhor tomar uma chuveirada para ajudar a acalmar e sair a pé em busca dos outros lugares sugeridos.
No caminho deparei com outro parlatório e entrei. Fui atendido por uma gentil senhora que depois de assistir às minhas infrutíferas tentativas resolveu monitorar por computador o meu processo. Daí me disse: senhor é necessário ligar 00 antes do código do país. Pronto, conseguí falar com a Tim, por duas vezes pois a primeira ligação foi interrompida após a operadora me fornecer o protocolo e pedir para aguardar mais um instante. De posse do número do protocolo fiz a segunda ligação e foram completados os trâmites regulamentares para a reativação do roaming. No final, fui informado de que no máximo de quatro horas estaria restabelecido o roaming. Mas até agora, 21:32h., nada.
A parte boa foi que andei pela Av. Mayo até a Casa Rosada. No caminho entrei na Havana para saborear alfajores com café e depois passei pelo Gran Café Tortoni, onde se realizam os shows de tango. Só notei que era lá porque a enorme fila que se estendia até a esquina me chamou atenção.
O pessoal estava fazendo fila para ter a oportunidade de se deixar fotografar em frente da entrada do café.
Show, nada feito. Todos os lugares já vendidos. B.A. está apinhada de turistas, creio que na maioria brasileiros. No hotel onde estou, há muitos. Ontem, enquanto descia no elevador tive oportunidade de conhecer um casal aí de Vitória. Agora só está faltando a ida a Puerto Madero para jantar, o que acontecerá amanhã. Se der tudo certo, depois de amanhã racho fora. O meu negócio é estrada e pequenas cidades do interior. Cidades grandes, no frigir dos ovos, são todas muito parecidas.
Foi ou não foi o meu dia de Mané?
Saulo, meu caro! Creia que o Espírito Santo é um Estado maravilhoso. Não fosse o crime cometido pelas autoridades que não souberam impedir o desmatamento e ao mau estado das estradas, seria também um paraíso. O passeio que estou realizando é, até aquí, ótimo. É uma experiência maravilhosa que nos enche de satisfação. Mas nem por isso os passeios realizados por nós aí, são inferiores. Tudo na devida escala. O importante é o prazer que nos dá rodar nas nossas máquinas.
Até mais.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Em Buenos Aires 2.

Hoje, domingo, tivemos um dia tranquilo. Por volta da 11h. fui, de táxi, ao shopping Abasto, por recomendação da minha filha Ana Paula. Já tenho uma relação dos melhores e mais interessantes lugares de B.A., tanto para passear, como também para adquirir encomendas e saborear salgados e doces regionais. Só não sei como fazer para conseguir lugar para levar as encomendas, que incluem até os famosos alfajores e também o dulce de leche da confeitaria Havanna. Fiquei no shopping até por volta de 14h., quando retornei ao hotel para mudar a  roupa e dar um giro de moto. Como vou precisar trocar o aceite do motor e verificar se será necessário também substituir as pastilhas de freio, aproveitei o trânsito tranquilo de hoje para descobrir onde fica a oficina da Harley, que eu havia dito que não queria mais passar nem perto, mas que com a recomendação do Roni fiquei sem alternativa. Fica longe, fora de B.A., embora você não perceba, pois não há demarcação municipal. Fica em San Isidro, mas é fácil ir até lá porque você pega a Av. Libertador e vai sempre por ela até o número 14.568. Algum de vocês conhece aí no Brasil alguma rua ou avenida que tenha tamanha extensão. Nem a Av. Brasil, no Rio, pois ela muda de nome a partir de dterminado ponto. E a Libertador não termina aí. Ele segue adiante. É interessante o site deles http://www.harley-davidson.com,ar/. Descobrí onde está a HD e amanhã pretendo madrugar por lá para ver se os hermanos quebram o meu galho. Pela internet fiz o pedido de assistência em caráter de urgência, já para preparar o terreno. Vamos ver em que vai dar.  Sendo ou não atendido de imediato, pretendo ficar mais um ou dois dias aquí para aproveitar um pouco, indo inclusive ao Gran Café Tortoni para assistir a um show de tango. Ir até a Motocuero, especializada em roupas de couro  para HD e a calle Murillo, onde ficam localizadas lojas que também trabalham com artigos de couro. E como não poderia deixar de acontecer, ir a Puerto Madero para jantar em uma boa churrascaria. A lista inclue várias outras sugestões que necessitariam mais de uma semana para realizá-las.
O dia hoje esteve bonito e com temperatura em volta dos 32 graus.
Meu caro amigo Leo! Se isso for realidade, vou passar o ano rodando, tomando um bom vinho tinto, comendo churrasco e indo dormir às 11:30h.. Nem TV eu liguei. Muito grato pelos votos seus e de seus familiares, que retribuo com satisfação.
Meu caro amigo Alberto! Com a resposta ao Leo, já esclarecí metade das suas perguntas. Pois é, eu realmente não dou mais importância às comemorações de final de ano. Depois que os nossos queridos velhos já partiram e os filhos já tem os seus próprios compromissos para esses dias, creio que não tendo a esposa em condições de compartilhar conosco é preferível ir dormir cedo para não relembrar os dias felizes em que toda a família se reunia e comemorava com alegria. E um churrasco e uma garrafa de bom vinho ajudam. Também por isso escolhí o período do passeio. Mais discreto não poderia ser. Imagine. Passagem de ano em Coronel Pringles AR, uma cidadezinha muito agradável, bonita e bem cuidada, mas que duvido que algum de vocês já tenha ouvido falar à respeito. A você e também aos seus familiares renovo os votos de um ano cheio de saúde e paz de espírito. O demais é consequência.
O ano mudou, o Lula saiu e a tia Dilma tomou posse. Felizmente não assistí a nada disso.
Nada mais de importante a mencionar.
Um forte abraço a todos.
Até mais.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Em Buenos Aires AR.

Boas novas! Reapareceram as boas estradas. Saí de Cel. Pringles às 7:30h. e cheguei aquí às 14:45h. Teria sido muito fácil encontrar o hotel, mas não sei por qual motivo, dividiram a avenida principal com grades e não era possível atravessá-la em um longo trecho. Eu encontrei com relativa facilidade a rua do hotel, que atravessa a av. principal (acho que é 9 de julho), mas o número do prédio do hotel era do outro lado. Assim é que tive que dar uma volta relativamente grande para poder atravessar para o lado correto e chegar por volta de 15:10h.
O percurso até aquí foi de 586km. Isso até a entrada de B. Aires, porque depois, na autopista, você tem que rodar pelo menos mais 20km. Só paguei pedágio na autopista. Nos outros pedágios motos não pagam. Isso aquí na Argentina, porque lá no Chile paguei mais de 12.000 pesos de pedágio na ruta principal. Cada pedágio 600 pesos. E na saída da ruta, quando se ia tomar a direção de alguma cidade, mas 100 pesos. Como vocês poderão observar, o tempo que levei rodando hoje foi um recorde,  considerando-se que parei três vezes. Em duas só abastecí e rachei fora. Na outra levei mais tempo porque estava necessitando tirar a água do joelho e tomar o já habitual gatorade.
A rodovia é praticamente uma reta. Hoje bocejei. Mas é um perigo, porque em longas retas você tem que ter mais concentração. E é muito fácil se distrair, porque o pensamento voa. E com o passar do tempo, como não há curvas que naturalmente exigem mudanças de velocidade, você se vai se habituando e quando se dá conta está em velocidade muito superior a que se propunha manter. A minha velocidade de cruzeiro preferida é de 120km., mas por várias vezes estive por algum tempo 140km., sem perceber.  Com o agravante de que a paisagem praticamente não muda. E além dos 120km a sede da velha senhora aumenta. E como.
 O dia está bonito e a temperatura por volta dos 35 graus.
Nada de importante a acrescentar.
Até mais.