Ainda em Córdoba.

Córdoba é uma cidade muito bem traçada. Ruas e avenidas largas, com mão alternada a cada rua e mão dupla em algumas avenidas. O povo me parece ser muito solícito, pois com todas as pessoas com quem falei, mesmo quando não havia interesse comercial, havia vontade de colaborar.
Pela manhã dei uma volta pela cidade e depois fui ao centro fazer câmbio. A quantidade de motos e motonetas é impressionante. Hoje, pela primeira vez na Argentina, ví uma Harley. Me pareceu ser uma Dyna, mas não tenho certeza porque foi muito rápido, em um cruzamento de avenidas. Ví duas BMW muito bonitas. O nosso amigo Zé Maria pode vir sossegado a Córdoba porque o representante tem uma loja grande de motos e automóveis.
Voltando a falar em câmbio minha gente, férias é na Argentina. O dolar a 3,98 pesos e o peso a R$0,52. Ontem, pela terceira vez mandei roupas para lavar. O Apart não tem lavanderia, mas logo ao lado há uma lavanderia de duas simpáticas senhoras idosas (muito mais idosas do que eu) que disseram que se eu pagasse adiantado, a roupa que eu estava entregando depois de 18h. seria entregue no hotel na parte da manhã seguinte, ou seja, hoje. Eu concordei, esperei que elas fizessem as contas, conferissem, anotassem meu nome e número do apto. e paguei. Por uma calça jeans, quatro camisetas de mangas curtas e quatro cuécas me cobraram 18 pesos. Nove reais. Aí em Vitória, só a calça custa mais de dez reais para lavar. Tudo para nós brasileiros, no momento, é barato por aquí. Entretanto, para eles o custo de vida está caríssimo.Só tenho abastecido a moto com o combustível super especial, de 97,5 octanas, que custa 5 pesos o litro. Em reais mais barato do que a gasolina batizada que consumimos ai,
Depois de almoçar, no horário de almoço local, 14h., fui novamente ao centro da cidade para buscar o pneu comprado ontem. Tudo certo. Saí da loja com o pneu pendurado no pescoço e assim pilotei até a o bairro onde está localizada a oficina que executou o serviço. O pneu estava à tiracolo sôbre o ombro direito e fazia pressão sôbre o capacete, aquí chamado de casco, que por sua vez fazia pressão sôbre os meus óculos. Eu não conseguia virar a cabeça para a direita mas o retrovisor quebrou o galho maravilhosamente. Eu não sabia que um pneu pesava tanto.
O trabalho foi executado. Tiraram a roda e a levaram a uma firma especializada para a troca, utilizando a máquina apropriada. Retornaram, montaram a roda e conferiram as regulagens e duas horas e meia após a minha chegada eu já estava testando a moto. Me parece que ficou tudo perfeito porque a distância da oficina até aquí ao hotel é bem grande e eu não sentí nada de anormal, O dono da oficina, o Miguel, é uma boa criatura. Calmo e atencioso. No final tirei uma foto com êles, para recordação. Creio que ainda rodarei mais uns 8.000km., mas só pretendo trocar o azeite do motor. Isso, é claro, se não ocorrer nada de extraordinário.
Aliás, peço ao Roni que me diga por e-mail se há alguma outra coisa que eu deva fazer além das trocas de óleo do motor. Revisão só lá com ele, Quando eu chegar à Vitória já terei passado com folga dos 24.000km,
A moto voltará a ocupar espaço lá na oficina, para que ele, quando tiver tempo e disposição, torne a fazer uma revisão completa.
Aí vai outra pegadinha para vocês. Vamos ver se alguém acerta. Hoje, ao pedir uma informação recebí a seguinte resposta: "o senhor entra na ROTUNDA, atravessa a ponte e pega a primeira a sua direita." O que é ROTUNDA, Acho que essa é mais fácil do que a trocha, E aí Léo, vamos ver agora se você acerta novamente.
São 22:50h. e estou faminto. Vou sair para jantar.
Até mais.