Em Bariloch AR

1. Hoje conseguí sair do hotel, em Osorno, às 7h. cravadas. Como tudo nos hotéis, tanto Chile como na Argentina, só começa às 7:30, eu acertei todos os pagamentos ontem à noite para poder sair cedo. Estava preparado para só tomar o café da manhã na estrada. Mas eles foram tão gentís, que mandaram preparar exclusivamente para mim, às 6:30h.
2. Eu parecia uma cebola de tanta roupa. Ao sair do hotel o termômetro da moto marcava 13 graus. Ao pegar a estrada, com algum vento além do provocado pelo deslocamento, caiu para 10 graus. As mãos e os pulsos gelados. Depois de alguns minutos começou a dar tremedeira. E a manhã completamente encoberta por nuvens ameaçadoras. Além disso tudo eu dei uma baita mancada. Peguei a estrada errada em uma bifurcação e para consertar tive que andar mais de 50km. Tá certo, eu pisei na bola, mas a culpa não é só minha. Por incrível que possa parecer, não existe placa indicativa para o caminho para a Argentina. Tem que ser no boca a boca.
3. As aduanas, desta vez, trabalharam corretamente e a liberação foi rápida. Uma meia dúzia de gatos pingados e os funcionários, solicitos. Eu já havia conversado com algumas pessoas que confirmaram que as aduanas para quem vem por Mendoza são muito desorganizadas e provocam muitas reclamações. Essas ficam separadas por uns cinco quilômetros.
4. Quando ainda estava me dirigindo para a aduana chilena começou uma forte neblina que estava dando para molhar. Desta vez não teve conversa. Eu já com tremedeira, só faltava ficar molhado para adoecer. Parei, vestí a túnica chuva/sauna e seguí assim. Mas foi a solução para o problema do frio, exceto o das mãos e pulsos. O material impermeável que protege da chuva, em baixa temperatura não provoca suor. Simplesmente mantém a temperatura do corpo agradável.
5. Já quase chegando à Bariloche tornei a encontrar o Maurício e a Martha, aquele casal pernambucano que citei em uma postagem anterior.
6. Passei por Bariloche e vim ao Resort onde já havia reservado as diárias. A estrada é boa, mas do asfalto até a entrada são quase uns duzentos metros e subida com o piso daquelas pedrinhas roladas. Eu rodei com cuidado, mas não adianta, HD não é para piso solto. Quase no portão do hotel, perdí o controle e tombei. Não me machuquei porque conseguí saltar antes dela deitar. Também não houve nenhuma avaria. Mas eu tive que deixá-la descansando no meio da estrada e andar mais uns bons 50 ou 60 metros para pedir ajuda ao pessoal. O proprietário depois me mostrou um outro caminho que não pode ser usado pelos carros, mas que é menos inclinado e com bem menos pedras soltas. Amanhã irei experimentar. Tem que dar certo, porque eu não posso perder os passeios que já programei em torno dos lagos, o que dará lindas fotos. A paisagem aquí é linda.  Pretendo prosseguir viagem só no dia dois de janeiro. Agora já está tarde e eu estou começando a ficar com sono. Mas amanhã, se tudo correr bem, postarei umas fotos da Vila de Angostura, que fica na descida da cordilheira e que é muito interessante. Não fiz fotos da descida por causa do tempo chuvoso e porque com a quantidade de roupa seria uma mão de obra imensa conseguir chegar até a câmera, que estava no bolso da jaqueta.
7. Ate mais.