terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Em Osorno CH

Outro lindo dia! Hoje não bocejei. A estrada estava do jeitinho que o velho aquí gosta. Além de um panorama belíssimo, muitas curvas, daquelas que se pode fazer a 100km. e até a 120km., como fiz algumas. Uma delícia.
A única diferença, de Chillán até aquí, é que o comentário que fiz anteriormente  sôbre o clima já não vale mais, porque à medida que se vai chegando mais para o sul, a temperatura vaí caindo. Hoje o ar se manteve frio todo o tempo. Durante um determinado trecho ventou bastante, tornando a pilotagem mais rigorosa. Mas deu para manter, na maior parte do percurso, a velocidade de cruzeiro preferida. Exceto em um determinado momento em que me deparei com a pista interrompida por dois carros dos gendarmes e um caminhão e dois automóveis que já se encontravam estacionados atrás dos policiais. Dois dos gendarmes conversavam com o motorista do caminhão, o que me fez supor que estavam dando uma batida para conferir documentos. Mas não era isso e nem sei do que se tratava. Desliguei o motor da moto e tratei de ficar quieto, para não sobrar para mim. Depois  uns minutos já havia uma fila imensa de veículos de vários tipos aguardando. Sem que nem mais, os gendarmes se dirijiram aos seus carros e saíram, lado a lado, a uns 25km./p/h. durante longo tempo. Até que um dos carros acelerou e o outro passou a fazer sinais para que nós o ultrapassássemos. Não ví nada que justificasse esse tipo de conduta. Não havia anormalidade alguma nas pistas de rolamento. Anotei a ocorrência no rol dos abusos de autoridade.
Volto aquí a me referir ao problema do abastecimento durante a viagem. Antes de chegar a Chillán eu já havia resolvido a parar para abastecer assim que a indicação de reserva marcasse 150km., ao invés dos 100km. estabelecidos anteriormente. Pois bem, fiz exatamente isso e quase tive uma pane seca. Por 20km.
Fiquei na expectativa do aparecimento de algum posto, e nada. Do outro lado, na pista em sentido contrário, passei por três postos dos quais não poderia me servir nem que quisesse, porque não havia retorno. E a reserva abaixando... Depois de alguns quilômetros ví uma propaganda da Shell anuncianto a existência de um posto a dez quilômetros a frente. Cadê o posto? Rodei 20, 30km. e nada. E a reserva abaixando... Eu já estava naquela de procurar rodar na marcha e velocidade mais econômicas. Mas não dava para chegar a uma conclusão, porque o nível da estrada oscilava. E a reserva abaixando... Quando chegou a 45km. a luz da raspa do tacho acendeu. E agora seu Zé, o que vou fazer se secar o tanque? Vendo um local à beira da estrada, em que havia umas duas casa e uns três carros parados, com indivíduos que pareciam estar consertando algum defeito em um dos carros, resolví parar para me informar. Como de costume, fui bem recebido e me informaram que a uns 20km. eu encontraria um posto. Foi um alívio. Mas como tudo não pode ser perfeito, quando eu voltei para a moto para ir ao posto, apareceu, não sei de onde, uma cigana, que queria porque queria, ler a minha mão. Eu agradecí, disse que não acreditava nisso, mas ela insistia, eu acho, porque a essa altura ela já despejava rajadas de palavras que eu não conseguia entender. O chão do local era de terra e eu comecei, bem devagar, a movimentar a moto para ver se a mulher desistia de mim. A minha bota do pé esquerdo deslizou na terra e quase que eu tombo. Fiz uma força danada para conseguir segurar o peso e voltar ao equilíbrio. Será que ela me rogou praga? É claro que eu não acredito nisso, mas depois, pensando no ocorrido, achei graça do aperto que passei. Pois bem, conseguí chegar ao posto com a reserva marcando 20km. Enchí o tanque e fui tomar mais um gatorade. Foi nesse local que fiz as fotos do gatorade e do banheiro masculino, para ilustrar o comentário feito anteriormente.
Hoje dei uma chegada no blog do Leo. Está muito legal e com excelentes fotos, como de hábito. Vou passar de vez em quando por lá.
Tive a satisfação de ver que o Fabrício está nos acompanhando. Seja bem vindo e se manifeste. O blog é nosso. Igualmente fiquei feliz por ver também o Tiago, nosso amigo lá da Suzuki, que deixou sua impressão e também vai nos acompanhar.
Ao Aderley, renovo a intenção de colaborar com tudo o que for possível para fazer com que o seu passeio programado para 2011 possa ser o mais agradável possível, como está sendo o meu.
Ao Alberto, obrigado pelo clique.
Hoje tem pegadinha! Quem sabe o que quer dizer - la clave -.
Até mais.

3 comentários:

  1. Nemo, cuidado com a praga da cigana-macumbeira, pra tirar, so comum banho de agua benta !!!!
    La clave, seria a gruta ?
    Abracos , Aderley !!!!

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