terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Em Córdoba - AR

Eis-me em Córdoba finalmente. Saí do hotel em Paraná exatamente às 07:10h. Atravessei um tunel de 3km. sob o rio Paraná para sair a 12km. de Santa Fé. Esse tunel deveria ser visita obrigatória para os projetistas de túneis no Brasil. É muito bem iluminado, de cor clara e com pistas super bem demarcadas. Quando o estava atravessando lembrei-me dos túneis no Rio de Janeiro, escuros, sujos e esburacados. Sem maiores comentários...
No início do percurso estava preocupado por causa do estado dos pneus. E por mais incrível que possa parecer os primeiros 50km. dessa jornada foram onde encontrei a pior estrada até agora. Muitos desvios com o piso de pedriscos. E eu preocupado com o pneu. A pista tem um trecho de alguns quilômetros que lembra a antiga Rio-Petrópolis. Para os que não conheceram explico: a pista é formada por blocos retangulares de concreto e entre eles, no sentido perpendicular, existe uma junção de um outro material. Pois bem, a cada bloco  vencido era uma pancada ao passar para o próximo. E eu preocupado com o pneu. Depois de algum tempo rodando com extremo cuidado, raciocinei da seguinte forma: cedo o ar é bem frio. Se eu rodar a 60km. corro o risco de alguém passar por cima de mim, porque o pessoal aquí só anda de pé em baixo. Se o pneu explodir o tombo será certamente quase igual ao que se eu estiver a 100km., isto é, vou ficar na pior. Sabe o que mais: vou esquecer esse pneu e andar despreocupadamente na minha velocidade de cruzeiro, porque quanto mais a hora avançar mais a temperatura vai subir e o risco será também maior. E assim procedí. Retomei a minha velocidade preferida e cheguei a Córdoba às 13:25h. com o termômetro da moto marcando 42 graus centígrados. Mais uma vez o dia foi lindo. Ao chegar às cidades sempre perco algum tempo me informando onde encontrar hotel, já que o gps está de castigo por não possuir indicações para a maioria das cidades do meu percurso. Cheguei ao hotel bastante suado, mas resolví largar a bagagem e almoçar, para sair imediatamente a procura do bendito pneu. Rodei a tarde toda. No início fui ao bairro onde estão todas as concessionárias para ver se em alguma delas fariam o serviço. Na lista telefônica local, ainda no hotel, anotei o endereço da Suzuki, que por atender aos seus clientes das motos maiores poderia realizar a troca para mim. O número na avenida,que eu havia anotado corretamente, diga-se de passagem, foi 5000. Mas a avenida só ia até 3500 e por alí ninguém sabia da Suzuki. Parei então na Mitsubitchi e conversei com o gerente que me explicou que lá eles não poderiam me ajudar, mas que o proprietário de uma oficina, que realiza serviços para eles, provavelmente me atenderia. Fui até lá e conhecí o Miguel. Um senhor de meia idade, uns 25 anos mais novo do que eu, que me atendeu com muita gentileza, pedindo que eu me sentasse para conversarmos e me servindo um precioso copo d'água gelada. Procurou, por telefone, em alguns dos seus fornecedores, mas não obteve sucesso. Mas me deu o endereço de três lojas no centro da cidade que talvez conseguíssem o pneu para mim. Desenhou uma planta indicativa do caminho a seguir e me desejou boa sorte. Já eram 18h.. O comércio por aquí só fecha às 20h. e eles também não fazem a famosa sesta após o almoço. Ficamos combinados que se eu encontrasse o pneu ele me atenderia. Na terceira loja visitada apareceu a possibilidade de conseguirem para amanhã até às 14h. O único encontrado na especificação correta foi Firestone. Amanhã darei um passeio do centro até a oficina do Miguel com o novo pneu pendurado no pescoço. Só faltou dizer que o atual chegou no osso e mesmo assim estou rodando com ele
Ficarei mais um dia ou dois por aquí para dar um giro pela cidade para conhecê-la melhor. A propósito Gabriel, lí ainda há pouco os seus comentários e fico muito grato. Já havia observado os prédios aos quais você se referiu pois girei muito pelo centro. Ao Léo, digo que considero correta a sua resposta porque você merece. Trocha nada mais é do que a famosa terceira pista que aparece de vez em quando. Ao Roni, digo que procurarei comentar sempre aquí no blog as minhas aventuras. Ao meu querido primo Caloca, agradeço a sugestão. Pretendo visitar também a região dos sete ou nove lagos, sei lá, que fica próxima a S. Carlos de Bariloche. É um giro de 220km. que vale a pena ser realizado segundo dizem. Foi sugestão da minha filha querida, Ana Paula.
Está acontecendo algo muito chato. Eu recebo bem as mensagens a mim enviadas por e-mail, Mas não consigo enviar as minha mensagens. O programa mostra um aviso de que não conseguiu encontrar o servidor.A caixa de saída está lotada.
Já escreví muito por hoje. Amanhã escreverei mais um pouco, se possível. São 23:23h. Estou com fome e vou sair para jantar.
Até mais.
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2 comentários:

  1. É isso ai Nemo! manda ver!!!
    Se tiver oportunidade não deixe de conhecer o Valle de la luna em San Juan.
    segue link: http://www.welcomeargentina.com/sanjuan/fotografias.html

    Abraços e que Deus continue ao seu lado!

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  2. A propósito Nemo, segue link do site anterior com opções de hoteis em San Juan
    http://www.welcomeargentina.com/sanjuan/alojamientos.html
    Esse site pode ser muito útil para você. Quando rodei pela Argentina (estilo muchileiro solitário), peguei as dicas desse site e não tive problemas...

    Abraços do Gabriel

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