segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Em Chillán CH

Mais um dia lindo. Estamos em 20 de dezembro, às portas do verão, e mesmo assim o clima é rigoroso. Rigoroso porque não nos dá condição de escolhermos a roupa para ser usada durante o dia. Temos sempre que considerar a primeira parte do dia, que posso dizer, vai até às 14h. mais ou menos e a segunda parte daí para a frente. Saí de Santiago com facilidade. Duas indagações a populares e estava resolvida a questão. Sempre começamos mais lentamente, não só para aquecermos adequadamente a moto, sem forçar o motor logo de saída, mas também para nos integrarmos ao trânsito local sem sobressaltos. Mas em Santiago não é possível ter essa calma toda. O pessoal é meio estressado. Assistí a cenas engraçadíssimas no trânsito. Ontem, quando procurava encontrar o hotel em que me hospedei, fui testemunha de uma discussão entre duas mulheres em relação à preferência para sair de uma rotunda. Os povos de língua espanhola, por natureza, falam rápido e as mulheres são recordistas, mesmo quando tranquilas. Agora imaginem duas chilenas discutindo e gesticulando.
Quando falam devagar eu quase não entendo nada. Discutindo então, pareciam duas metralhadoras. Não pude ficar observando o resultado da disputa porque os demais, impacientes, apelaram para a buzina.
Mas como ia dizendo anteriormente, não pude ficar com essa calma toda porque logo estava na "autopista" cujo limite de velocidade é de 120km. E ninguém pensa em andar em velocidade inferior. Se você não andar corre o risco de ser atropelado. Como resultado, em poucos minutos já me encontrava na minha velocidade de cruzeiro preferida.
Voltando às considerações a respeito do clima, deixo a advertência para quem resolver fazer este lindo passeio: pode estar brilhando o mais belo sol e a temperatura ser agradável.  Se resolverem rodar de moto agasalhem-se, senão o frio vai castigá-los, como fez comigo hoje. Eu iniciei o percurso com a minha jaqueta de verão. Aquela toda furadinha. Sentí frio e só não a troquei pela de couro porque a mão-de-obra para desfazer e tornar a fazer a arrumação na moto, é grande. Principalmente por isso eu disse em uma postagem anterior que vim com muita bagagem. Mas a temperatura vai aumentando aos poucos e mais ou menos depois das 14h. passa a fazer calor. Então, o aconselhável é ter as duas japonas acessíveis para a troca.
Estou em Chillán e para chegar até aquí rodei 435km. Moleza, porque a estrada é quase reta e o trânsito é tranquilo se você se mantiver em velocidade adequada. Tão tranquilo que se torna quase monótono. Eu bocejei quatro vezes. De Santiago para o sul é a Ruta 5, que pode se dizer que é uma reta. Ela acompanha a cordilheira, aproximando-se um pouco às vezes. Pensando bem, eu não tenho certeza de qual das duas se aproxima.  Eu parei para tirar fotos por duas vezes. Sem descer da moto e sem desligar o motor. De certo ponto dá para se ver um pouco de gelo nos picos da cordilheira. Eu tirei fotos com zoom e sem zoom, para tentar dar uma noção de distância. Ainda não as ví. Pretendo postá-las logo a seguir. Numa das paradas para as fotos estacionei exatamente a frente de uma placa que avisava que a parada é proibida. Mas foi sem querer. Às vezes acontece.
Aderley, satisfação em ler os seus comentários. Espero que as minhas impressões sobre este passeio possam ser úteis, de alguma forma, a você. Quando eu retornar teremos muito mais para conversar. Ainda há pouco recebí uma mensagem do Aureliano, dizendo que leu o blog e que gostou. Respondí convidando-o a sair de trás do toco e entrar no nosso grupo.
Maciel, quando me referí à internet foi porque o nosso Mario havia dito ter procurado a solução para uma das pegadinhas por lá. E como você só se fez presente posteriormente, eu quís ressaltar que a brincadeira só tem graça se nós respondermos as perguntas por intuição. Observe as respostas do Léo, por exemplo. Ele acerta, chega perto e até acha semelhanças ou procura rimas. Assim é mais divertido.
Já é tempo de eu registrar algo que considero muito importante. A higiene, não só dos banheiros, mas do ambiente em todas as paradas que fiz até aquí. Tanto na Argentina como aquí no Chile até agora. A apresentação dos funcionários e funcionárias é impecável. O mesmo vale para
os, como é mesmo que se chamam os enxedores dos tanques das motos?
Ah! demorou, mas me lembrei do nome dos guardas argentinos e também chilenos: são gendarmes e seus quartéis são gendarmerias.
Hoje não vai ter pegadinha porque aquí no Chile não ví nada curioso. Os nomes das cidades pelas quais passei é que são interessantíssimos. Alguns até engraçados. Verei se dá para fotografar algumas placas indicativas.
Bem, por hoje é só.
Até mais.

Um comentário:

  1. Nemo, teremos muitas coisa para conversar no seu retorno. A sua experiencia vai ajudar muito na nossa viagem em 2011. Parabéns, continue assim !!!

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